quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Interfaces de Comunicação.

Interfaces


São circuitos utilizados para enviar ou receber informações do mundo exterior, quando estas informações de entrada e saída enviadas ou recebidas através dos dispositivos externos forem diferentes dos especificados pela unidade microcontrolada, existe a necessidade de utilizar interfaces para a comunicação desses sinais.
Interfaces são circuitos elétricos ou eletrônicos, compostos de componentes de proteção ou de potência, exemplo, a saída do Arduino não tem capacidade para acionar um motor trifásico, então é utilizado um circuito composto por um relé de 5 ou 12V que ativa a bobina de um contator, que fecha seus contatos e coloca em funcionamento o motor. Será apresentado agora alguns componentes e métodos que podem ser utilizados com Arduino.


     Transistor Bipolar


Na figura temos um modelo do transistor bipolar utilizado no projeto. A função de um transistor bipolar em um circuito, que pode ser de amplificar um sinal alternado, servir como driver para uma corrente contínua, chavear uma tensão, enfim, ele tem inúmeras aplicações. Para que um transistor funcione perfeitamente você deve polarizá - lo de forma correta. Existem transistores bipolares NPN e PNP e os dois tipos tem formas distintas de polarização, coletor comum, emissor comum, base comum.
Na interface do Arduino, ele pode ser configurado como base comum, e tem a função de acionar um relé, operando como um interruptor, ou seja, uma chave eletrônica, permitindo ou não a passagem de corrente elétrica dependendo do estado do microcontrolador, e consequentemente acionar a carga no circuito externo.


Transistor bipolar
Fonte: Google imagens

     Diodo de Proteção


Como em uma comunicação externa existem transistores disparando relés, é necessário um diodo em paralelo com a bobina do mesmo, funcionando como proteção. No momento em que um relé é desenergizado, as linhas de força do campo magnético da bobina, que se encontram em seu estado de expansão máxima, começam a se contrair. Nesta contração, as espiras da bobina do próprio relé são cortadas, havendo então a indução de uma tensão. Esta tensão tem polaridade oposta àquela que criou o campo e pode atingir valores muito altos. O valor desta tensão depende da velocidade de contração do campo e da indutância da bobina. Se o componente que faz o acionamento do relé, no caso o transistor, não estiver dimensionado para suportar esta tensão, se não houver uma proteção adequada, sua queima será inevitável. O diodo mencionado tem a função de proteger o transistor, bloqueando a corrente oposta. A figura mostra um diodo típico para esse tipo de aplicação.



Diodo
Fonte: Google imagens

     Relé de 5 Pinos


Quando existe a necessidade de uma interface robusta, que suporte uma carga maior, ou seja, maiores tensões e correntes elétricas, uma alternativa é o uso dos relés.
A figura mostra um relé de 5 pinos, capaz de acionar cargas com correntes de até 10A em 127Vac.
Os relés são dispositivos comutadores eletromecânicos. Isso significa que, através de uma corrente de controle aplicada à bobina de um relé, podemos abrir, fechar ou comutar os contatos de uma determinada forma, controlando assim as correntes que circulam por circuitos externos. Uma vantagem de usar esse tipo de configuração, é que a saída do Arduino fica livre de transitórios da rede.
Esse componente é extremamente robusto em relação à tensão e corrente aplicada através dele. Ele permiti o chaveamento de tensões 220Vac com corrente máxima 7A e 127Vac com corrente máxima de 10A, ou seja funciona como um interruptor, ligando e desligando cargas, como lâmpadas e eletrodomésticos.
Uma outra alternativa, que pode ser usado no Arduino, é o uso dos relés para acionamento de contatores de potência, onde será possível acionar cargas trifásicas de alto consumo, como por exemplo motores trifásicos.

Relé eletromecânico
           Fonte: Google imagens

     Optoacoplador


O interfaceamento entre um Arduino e qualquer equipamento a ser controlado apresenta algumas dificuldades técnicas que envolvem principalmente segurança. As altas tensões que são usadas para alimentar os equipamentos controlados podem ser perigosas para o Arduino e qualquer descuido pode significar a queima completa dos delicados circuitos internos. A figura apresenta um modelo de optoacoplador de 4 pinos.



Optoacoplador
Fonte: Google imagens

Para isolar os circuitos controlados, a melhor solução é a óptica.Os circuitos integrados que formam o Arduino, são extremamente delicados e qualquer pulso de tensão elevada pode causar danos imediatos e irreparáveis.
Por outro lado, os circuitos controlados pelo Arduino em ambiente externo, em experimentos de robótica e mecatrônica envolvem normalmente o uso de cargas indutivas como motores, solenoides e relés que são dispositivos que, além de operarem com tensões elevadas, são responsáveis pela produção de pulsos de tensão quando comutam.
Um acoplador óptico é formado por uma fonte de luz que pode ser modulada ou controlada com facilidade, como por exemplo, um LED infravermelho e um receptor que possa receber e produzir um sinal a partir do sinal de luz modulado.
Os dois elementos são montados numa câmara hermética sem contato físico, conforme mostra a figura.


Esquema interno de um optoacoplador
Fonte: Google imagens

Esta separação física ao mesmo tempo que não impede a passagem do sinal de um para outro na forma de radiação eletromagnética proporciona um isolamento de milhares de volts entre os circuitos dos dois componentes.

     Trimpot


O trimpot mostrado na figura é um resistor variável, que no circuito da entrada analógica, tem a função de fino ajuste do sinal aplicado a entrada analógica do Arduino, mas somente quando selecionado a configuração de 0 a 10V (jumper JP1 fechado).
Para garantir que a tensão de entrada no Arduino seja de 5V, quando estiver utilizando sensores de 0 a 10V.




Trimpot
Fonte: Google imagens

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